Aberta uma vaga para estágio em uma agência de empregos. A empresa contratante precisa de um estudante que cuide da página da internet dela. Os candidatos precisam conhecer programas de produção de páginas como Front Page e Dreamweaver e softwares de design como Corel Draw e Photoshop. Qual faculdade a empresa pede que o estudante curse? Publicidade & Propaganda? Qualquer um de Comunicação Social? Não, o curso pedido é o de Ciências da Computação.
O exemplo dado é comum nas agências de emprego e gera uma discussão sobre tecnologias de comunicação, principalmente a internet. Quem deve cuidar da página da internet das empresas? O profissional de comunicação ou computação?
A resposta mais óbvia seria os dois. Um site na internet completo necessita de um bom design, de textos simples e claros, de uma arquitetura de informação que torna a navegação fácil, e também uma programação de banco de dados para armazenar as informações, torna-las mais acessíveis e deixar a atualização da página mais dinâmica.
Muitas empresas especializadas em produção para internet são coordenadas por um profissional de comunicação e um de computação, o último presta também serviços de intranet. Mas quando esse serviço não é terceirizado, as empresas de outros ramos costumam ter apenas uma pessoa trabalhando nesse setor, e aí vem o problema.
Graças às novas tecnologias, os meios de comunicação nunca foram tão acessíveis a sociedade. A junção dos serviços do profissional de informática com o da comunicação social na internet é essencial de forma que um precisa do outro.
A sociedade em geral confunde as duas profissões quando se trata de internet. Para muitos, a pessoa que faz a montagem do site é a mesma que arruma um computador quando ele estraga. Quando essa confusão chega numa empresa, o resultado é um serviço de má qualidade produzido por uma pessoa que acumula funções distintas.
A divisão rígida de funções pode ser coisa do passado. As tendências no mercado podem apontar para profissionais que conheçam diversas áreas. Mas é preciso ter cuidado para perder a qualidade no serviço. As grades dos cursos de comunicação social e computação provam que mesmo na internet, suas funções são bastante distintas.
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Este artigo foi escrito há seis anos, quando eu era estudante de jornalismo e estagiário do Noticenter, na época, um recém lançado site de economia. Apesar de estar empregado (tinha também outro estágio na Univali) me queixava do mercado de trabalho, principalmente na área da internet. Publiquei o artigo por causa das vagas lançadas no CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).
E hoje? O mercado sabe diferenciar comunicação digital de ciências da computação? Está claro para todos que é o web designer quem planeja o site, e não um profissional de sistemas de informação?
Há seis anos, o webdesigner não era reconhecido como uma profissão na cidade. Muitos programadores PHP eram contratados para fazer todo o serviço. Hoje, quem sofre são os analistas de mídias sociais. Mas será que as dúvidas de antes foram esclarecidas para todos?
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