Um dilema para as esquerdas brasileiras: contrária a Reforma da Previdência e outros projetos ultraliberais do ministro da Economia, Paulo Guedes, as esquerdas se veem obrigada a defender o ministro quando o assunto é Comércio Exterior. Isso porque outra parte do governo assusta ainda mais. O “ministro de Chicago” acompanha o presidente nos Estados Unidos e em um discurso na Câmara do Comércio americana defendeu abertamente todos os negócios brasileiros com a China e ainda provocou os EUA, que se colocam como inimigos dos chineses, mas mantém milionários negócios.
A fala de Guedes faz-se necessária em um governo influenciado por Olavo de Carvalho, ideólogo de extrema-direita que vive a atacar a China. Foi Olavo quem indicou o ministro das Relações Exteriores, o que torna as coisas ainda mais perigosa. O discurso de Guedes nos EUA foi bom, mas é preciso convencer os chineses que ele é mais forte que a turma olavista. Caso contrário, as exportações brasileiras serão ainda mais afetadas.
Fica cada vez mais evidente o desconforto da ala racional do governo com a influência do astrólogo da Virgínia. Ontem, foi a vez do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, reclamar de Olavo no programa Roda Viva. O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que foi alvo de ataques do astrólogo, já mandou “beijinhos” ao guru. O problema para esta turma é que Olavo pode até não exercer influência direta no presidente, mas evidentemente faz isso nos filhos e Bolsonaro já mostrou que, na dúvida, fica com os filhos.
Enquanto o governo se mata entre olavistas e racionais, o Congresso vai sendo abandonado. Os deputados estão dando recados diários sobre as insatisfações com o Executivo. Isso lembra Dilma no início do primeiro mandato, quando gozava de alta popularidade. O resto da história todo mundo já sabe…
O Reino Unido continua pagando caro pela irresponsabilidade do Brexit. Empresas já estão trocando a Inglaterra por outros países da Europa e a forma como o Brexit ocorrerá continua causando caos em Londres. O governo tenta, a força, aprovar um acordo que deixa quase tudo como está, mas sem o direito dos ingleses opinarem na União Europeia. O prazo para a saída é dia 31 de março e os ingleses já pediram o adiamento da saída para os europeus. Era melhor não ter feito o referendo…
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