Por 44 bilhões de dólares, teremos um twitter de Elon Musk. O bilionário sul-africano comprou a rede social após semanas de negociações. Musk vai fechar o capital da empresa depois que toda a burocracia foi feita. O processo deve ser concluído ainda neste ano.
Com a notícia, começaram as especulações nas redes sociais. Liberdade de expressão ou espaço para propagar desinformação? Volta do ex-presidente americano Donald Trump? Fim dos bots? Vamos ao que Musk já prometeu mudar primeiro:
Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais hoje é que o Twitter de Elon Musk vai ajudar a promover a desinformação da extrema-direita trumpista nos Estados Unidos, e bolsonarista no Brasil. Vamos lá, alguém realmente acha que um bilionário gasta 44 bilhões de dólares para ajudar na propaganda política? Ou na tal “liberdade de expressão”.
O que Musk quer com o twitter é poder e influência. Ele era um dos bilionários que não tinha nada na comunicação. Comunicação é poder. Jeff Bezos, dono da Amazon, é proprietário também do influente jornal The Washington Post. Musk agora tem a rede social dos políticos.
Pode haver outros interesses em ter uma rede social também, ligado às questões de algoritmos, dados. Mas é inocente achar que o foco principal é ajudar na desinformação da extrema-direita. Tanto que uma das suas propostas é combater os bots com as verificações humanas.
Ora, o que seriam as campanhas do bolsonarismo sem os bots? O que seriam as tags de campanha sem os bots para levantá-las de madrugada, para assim que o cidadão militante acordar, a tag já estar nos trends?
Que Musk não é flor que se cheire, todos sabem. Provavelmente Trump voltará a rede social assim que ele estiver, de fato, na administração. Mas o Twitter hoje é um festival de ódio, desinformação mesmo sem Trump. O YouTutube, da Alphabet, é muito mais propagador de desinformação no Brasil que o Twitter e há pouca cobrança da plataforma de vídeos.
Enquanto o mundo debate o futuro Twitter de Elon Musk, a União Europeia aprovou uma proposta para exigir das redes sociais que elas revelem como funcionam os algoritmos para os usuários. Mais do que isso, redes como Instagram serão obrigadas a ofertar uma opção de timeline cronológica.
Uma timeline cronológica proteger o cidadão de muitos desses ataques e hoje só o twitter oferta de forma clara. Essa lei europeia deve demorar para entrar em vigor, mas seria bom que essas regras fossem adotadas pelas redes no mundo inteiro.
É preciso esperar para ver o que, de fato, Musk mudará na rede social. Se alguém se sente mal por atuar em uma rede de um bilionário como Musk, lembramos que as outras opções são Facebook e Instagram de Zuckerberg, o YouTube da Google e a Twitch da Amazon de Jeff Bezos. Discutir as fortunas desses bilionários é mais interessante, não?
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