A popularidade do presidente Jair Bolsonaro despencou de 37% para 26% segundo pesquisa do IDEIA Biga Data contratado pela Revista Exame. Os números. Se apenas 26% agora acham o governo ótimo ou bom, 45% acham ruim ou péssimo.
Uma outra pesquisa, XP/Ipespe, também apontou uma queda forte de Bolsonaro e a rejeição chegando a marca dos 40%. O que está acontecendo para essa queda forte da popularidade do governo? As contas começaram a chegar e não são leves.
Primeiro tivemos mais um colapso em Manaus, com pessoas morrendo por falta de oxigênio nos hospitais. O governo federal bem que tentou passar toda a culpa para o governo do Amazonas, mas o próprio Ministério da Saúde admitiu que sabia do problema e não tomou providências.
Não estamos a falar de mortes por uma super explosão de novos casos de Covid. Os casos aumentam, mas o que aconteceu foi falta de preparo total das autoridades de Saúde. E o ministro general que comanda a pasta foi colocado ali supostamente por entender muito de logística, justamente o que falhou no caso do oxigênio.
O presidente brasileiro foi o único do mundo a não celebrar a aprovação das vacinas e o início das vacinações. Por que? Porque a primeira vacina aplicada foi a Coronavac (Sinovac/Butantan), feita em uma cerimônia com muito marketing do governo de João Dória em São Paulo.
Enquanto este post é escrito, um avião com vacinas de Oxford viaja da Índia ao Brasil. Essa vacina poderia ter chego antes e o processo poderia ter começado pelo governo federal com essa vacina. Não ocorreu porque o ministro das Relações Exteriores é o pior da história.
Ernesto Araújo quebrou uma tradição histórica do Brasil de posicionar-se ao mundo em defesa dos países mais pobres e do acesso universal a saúde. Com Ernesto a frente, o Itamaraty não apenas foi contra uma proposta da Índia de quebrar patentes das vacinas, como atrapalhou os indianos nesta empreitada internacional.
Resultado: a Índia enrolou, priorizou outros países e demorou mais para mandar as vacinas, ainda cobrando o dobro do que foi vendido para a União Europeia. O Brasil ainda tem problemas com insumos para fabricar a vacina, porque a China não anda colaborando. A mesma China alvo de ataques de Ernesto e do filho do presidente metido a embaixador.
Neste final de semana, teremos carreatas no Brasil pelo impeachment. Deverão ser pequenas, mas é o começo. O clima de impeachment começa a pegar no Brasil e temos outras contas do desastre do governo para chegar. A principal delas é o fim do auxílio emergencial. Acredita-se que os efeitos serão realmente sentidos a partir de março ou abril.
Quem afirmava que Rodrigo Maia prevaricou em não colocar os processos de impeachment possivelmente estava errado. O momento de fazer isso não era em 2020, mas neste primeiro semestre de 2021.
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