Assine o jornal para ler esta notícia. Ajude o nosso jornal e faça uma doação. Quem costuma se informar por jornais digitais já se esbarrou em uma mensagem dessas. Mas afinal, cobrar dos leitores com paywall e crowdfunding é uma boa estratégia?
“Classificar as estratégias que o jornalismo digital possui para disponibilizar seu conteúdo em suas páginas e conhecer a realidade na imprensa regional portuguesa”. Este é o início do resumo do artigo que publiquei em dezembro na revista Estudos de Comunicação.
O artigo mapeia o uso de paywall e crowdfunding nos jornais digitais de Portugal. Afinal, são as duas estratégias de cobrança mais utilizadas na web. Mas há outras como os micropagamentos, ainda pouco usados no jornalismo, onde o leitor paga por notícia avulsa, em centavos.
Um dado curisoso deste artigo é a quantidade de jornais regionais portugueses que obrigam o leitor a comprar a versão impressa. Assim, a notícia no site vem com uma mensagem “leia mais na edição impressa”. E não existe assinatura 100% digital. Portanto, se o leitor quiser se informar, o jornal obriga a ter o papel.
Este artigo foi produzido devido ao crescimento dos paywalls nos jornais. São poucos os nacionais e internacionais com conteúdo aberto. No caso dos regionais portugueses, isso é comum nos chamados nativos digitais, aqueles que já surgiram apenas na internet. Nestes casos, a receita tem origem apenas na publicidade.
Ninguém paga por notícia online. O povo quer tudo de graça. Foi-se o tempo que essas premissas eram 100% verdadeiras. Atualmente, a cobrança pelos conteúdos jornalísticos é algo cada vez mais comum, pois a rejeição diminui a cada ano.
Por outro lado, temos o crowdfunding como alternativa para os paywalls. As campanhas de financiamento coletivo surgiram para outros propósitos, ganharam o mundo das artes com plataformas digitais e chegaram ao jornalismo. Primeiramente, no financimento de grandes reportagens, depois, no financiamento recorrente de toda a redação.
Os crowdfunding exigem uma fidelidade maior dos leitores, já que não restringe o conteúdo. Por outro lado, é uma alternativa interessante para evitar uma maior elitização do jornalismo de qualidade. Quem tem dinheiro, paga e fica bem informado. Quem não tem fica a mercê da desinformação, do sensacionalismo, etc.
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