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19 de julho de 2023

O Bluesky e os algoritmos das redes sociais

Bluesky
Bluesky

Enquanto o mundo inteiro falava sobre o Threads, a nova rede social da Meta, eu recebia um convite para outra rede social de texto, o Bluesky. A rede social do fundador do Twitter ainda está na fase beta, mas afinal, o que ela tem de difererente para poder competir com os rivais?

Primeiramente, é preciso lembrar que o Bluesky ainda não está pronto. A rede social ainda está na fase beta, com muitos testes e por isso não foi aberta para todos. Para ser um betatester, é preciso ter um convite com alguém que já está lá dentro. No entanto, já adianto: ainda não recebi convites para dar.

O Bluesky é uma rede descentralizada, isto é, não possui um servidor central e sim vários pequenos servidores onde estão hospedados os dados. A ideia dos criadores é que a moderação de conteúdos, a verificação dos perfis, tudo isso possa ocorrer de forma centralizada, com várias entidades fazendo isso. Portanto, o Bluesky seria impossível de ser comprado na totalidade, como Elon Musk fez com o Twitter.

Algoritmos e timelines

O Bluesky tem feeds próprios
No Bluesky, você monta as listas com seus feeds

Ser descentralizada não é algo que chame a atenção dos usuários. Ninguém vai mudar de rede social por causa disso. A parte atraente do Bluesky se concentra em duas palavras: algoritmos e timelines. Primeiramente, a existência da timeline cronológica, que favorece o acompanhamento de eventos em tempo real. Diferente do Threads, o Bluesky tem essa opção. Diferente do Twitter, você pode colocar ela em destaque.

Sim, você pode colocar em destaque. Há várias possibilidades de timelines nesta rede e você escolhe a ordem. Pode ser uma TL só com aqueles que você segue em ordem cronológica (twitter clássico) ou feita por algoritmos em diversas situações: o que é popular na rede em geral, o que é popular entre seus contatos, popular entre os criadores do Bluesky e já existem TLs com algoritmos criados por usuários.

Portanto, o Bluesky tá mais poderes para os usuários que as concorrentes. O Threads possui apenas uma timeline, construída por um algoritmo semelhante ao TikTok: não importa quem você segue, a rede social te enche de conteúdos que ele julga ser interessantes para você. No “céu azul”, a liberdade é muito maior.

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Outros detalhes que o Bluesky possui

Por ser uma rede descentralizada, você é convidado a escolher um servidor quando faz sua inscrição. E seu nome fica @user.bsky.social ou @user.nomedoservidor. Mas é possível mudar isso. Ou melhor, é possível personalizar e verificar sozinho o seu próprio nome de usuário.

Quem possui um site na internet, como eu, pode usar o próprio site para reconhecer o user. Você precisa colocar um código TXT dentro do DNS do seu domínio. Reconhecido, você fica livre para escolher o seu nome de usuário, no meu caso, o meu endereço:

Nome personalizado no Bluesky
Nome personalizado no Bluesky

O desafio do público

O Bluesky ainda não está pronto, mas quando estiver, terá o desafio de qualquer rede social ao ser publicada: atrair público. O Threads já possui mais de 100 milhões porque está associado ao Instagram. Fazer as pessoas entrarem em uma rede social nova, e mais, fazer com que elas frequentem, utilizem, publiquem na nova rede é muito difícil.

Talvez algum problema com o Twitter, como foi a limitação do número de visualizações, possa gerar uma onda migratória para o Bluesky. Desde que Elon Musk comprou o Twitter, as oportunidades foram muitas. Mas a nova rede social continuava em fase beta.

Continuarei de olho. E se tiver convites, eu divulgo nas outras redes sociais…

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