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Jornalismo, estudos da mídia e um pouco de política | TODOS OS ARTIGOS
11 de novembro de 2009

Rádio e Internet líderes em credibilidade?

Meu artigo, publicado no site Controversas:

Uma pesquisa do Instituto Vox Populi, publicada no portal Comunique-se, aponta que o rádio e a internet são os meios de maior credibilidade entre os brasileiros (que têm acesso a todos, claro). De 1 a 10, o rádio teve nota 8,2, a internet 8,12, o jornal 7,99, a revista 7,79 e PASMEM, as redes sociais online apareceram na lista com nota 7,74.

A mesma pesquisa mostra que o principal meio mais acessado pelos brasileiros ainda é a TV, com 99,3%, seguida por rádio, 83,5%, jornais, 69,4%, internet (sites e blogs jornalísticos), 52,8%, revistas, 51,1% e redes sociais online, 42,7%.

O resultado da pesquisa permite várias análises interessantes. A primeira é que a INTERNET vai mesmo revolucionar o Brasil e o mundo. Já está em segundo nos meios mais acessados, mesmo que a grande rede atinge apenas 23% dos lares no país. Imaginem quando passar de 50%.

No entanto, a credibilidade me assusta. Uma parcela da população está se informando por redes sociais, como o Orkut, onde TODO MUNDO É EMISSOR DE INFORMAÇÃO E FORMADOR DE OPINIÃO. Durante a epidemia de Gripe A, tinha gente que não acreditava nos jornais, mas botava fé naqueles e-mails misteriosos, cheio de FWD na frente do assunto, que traziam teorias da conspiração sobre a doença.

Quais os critérios de credibilidade na internet 2.0, onde qualquer um é emissor de informação? Como saber se um site é confiável ou não? O trabalho do jornalista, profissional da comunicação, pode ser dispensado e substituído por qualquer um? O que faz um internauta acreditar no blog X e descreditar o blog Y?

A internet está sendo fundamental para derrubar o monopólio da informação das grandes empresas de comunicação. Agora sim, podemos dizer que há LIBERDADE DE IMPRENSA, pois antes só tínhamos LIBERDADE DE EMPRESA. No entanto, uma avalanche de blogs, twitters e comunidades virtuais superlotam a rede de informações e dificulta a distinção da verdeira informação de qualidade e da picaretagem. Novos conceitos de credibilidade jornalística terão que ser construídos com a expansão da interativa internet 2.0.

Impressos em queda livre
O jornais impressos estão em queda livre no mundo inteiro. A queda na tiragem de exemplares já era conhecida e a pesquisa do Vox Populi confirma que o brasileiro NÃO GOSTA DE LER JORNAIS. É um dos meios menos procurados pelos entrevistados e também com menor credibilidade. O jornal custa caro (a produção) e ninguém se interessa mais por ele. Os diários estão morrendo aos poucos.

Isso é ruim? É péssimo! É verdade que parte da imprensa brasileira precisa de umas palmadas, pois a arrogância colocava-os acima da verdade, do bem e do mal. Mas a leitura na internet é muito superficial (muitos que visitam este blog nem chegarão nesta parte do texto) e um meio de comunicação não pode substituir o outro.

O jornalismo precisa discutir o futuro dos impressos…antes que seja tarde.

2 comentários
  1. É um caminho sem volta. A internet vai substituir o papel em pouco tempo, não há dúvidas. Basta ver como os adolescentes e crianças são ligados à rede. Acho que estas gerações não terão paciência para folhear um jornal…
    Queria que a faculdade focasse mais no jornalismo digital, mas a grade ainda se mantém tradicionalista e dão poucas “pinceladas” no webjornalismo.
    Bem, prova disto é o seu texto sobre a falta de curos de pós em webjor na região…
    Muito massa encontrar o seu blog.
    Sucesso!

  2. É um caminho sem volta. A internet vai substituir o papel em pouco tempo, não há dúvidas. Basta ver como os adolescentes e crianças são ligados à rede. Acho que estas gerações não terão paciência para folhear um jornal…
    Queria que a faculdade focasse mais no jornalismo digital, mas a grade ainda se mantém tradicionalista e dão poucas “pinceladas” no webjornalismo.
    Bem, prova disto é o seu texto sobre a falta de cursos de pós em webjor na região…
    Muito massa encontrar o seu blog.
    Sucesso!

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